Esse é um tema que ainda gera muita confusão. Se por um lado várias pessoas começam assumir a responsabilidade pela gestão de sua própria carreira, por outro ainda existe um número grande com a cobrança sobre um plano de carreira estruturado. Perceba que uma opção não exclui a outra, afinal seria o mundo ideal alinharmos um planejamento de trilhas para sua jornada profissional com a responsabilidade de qual caminho deveria seguir.
Infelizmente, a realidade é que o comum reside na insatisfação da falta do plano de carreira como justificativa pela inatividade e falta de responsabilidade por sua carreira. Algumas semanas atrás, em conversa com um parceiro especialista em transição de carreira e networking ele me disse: “Não existe um número, mas eu acredito que 70% das vagas importantes não estão publicadas”. Ao ouvir isso, me reforça a importância do netweaving (networking raiz) uma vez eu é neste momento que o gerenciamento de oportunidades entra em ação.
Eu também desconheço um número relacionado a isso, mas o que posso dividir é a minha experiência durante o desenvolvimento de minha carreira. Em um processo recente de mentoria, comentei a mentorada que em 25 anos eu nunca havia sido promovido. Por outro lado, em todo esse percurso eu criei e nutri as oportunidades que impulsionaram a necessidade de novas posições, bem como criou ponte para oportunidades existentes.
Esse é um fato de alta relevância, e justifica uma crença extremamente forte que eu possuo. Todas as oportunidades devem ser criadas, e gerenciadas. Isso é uma parte da gestão da carreira.
A outra parte desse processo é a humildade, coragem e honestidade no conceito de as coisas são como são. Percebo que muitas pessoas desejam uma posição e esperam a oportunidade surgir para começar a se preparar. Isso quase nunca dá certo. Ao perceber o próximo passo a sua frente, o seu preparo já deve estar em execução. Assim sendo, clareza de onde eu desejo chega precisa ser realizada em conjunto com uma análise criteriosa de quais são os comportamentos, habilidades e atitudes necessários para o local desejado.
Sinceramente, quantas vezes você desejou uma nova posição e pesquisou em profundidade os comportamentos, habilidades e atitudes exigidos? Uma vez estruturado será possível analisar onde eu estou, e qual é o nível que a nova posição exige. O hiato entre um ponto e outro é o que conhecemos como plano de desenvolvimento individual.
E você, qual é o próximo nível em sua carreira que você deseja? E se você começar hoje o seu preparo para os comportamentos, habilidades e atitudes exigidos para a posição que deseja?
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Fernando dos Reis é gestor de equipes de alta performance há mais de 25 anos. Como Terapeuta de Líderes, Executivos e Empreendedores, desenvolve pessoas rumo a Alta Performance Profissional através da melhoria continua da Gestão e Liderança. Possui Mestrado, MBA, Mastercoach, e formação como Terapeuta de Relações Humanas e Empresarial.
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