O quanto a inovação depende da liderança?

Recentemente trouxemos a discussão “O papel da liderança com as novas demandas“, afinal em tempos de novas tendências como ESG sempre me questiono o quanto o sucesso de uma implementação é ligada a liderança.

Novas demandas podem ser pensadas como a atividade de priorizar o que deve ser feito primeiro, mas a realidade que isso vai muito além. A gestão de atividades não é relacionada apenas a listas de atividades, mas sim a entrega de resultados. É papel do líder fazer a gestão dos recursos que irão gerar os resultados de curto prazo frente aos que serão colocados em segundo plano de urgência.

Você pode imaginar o quão difícil e desafiador é essa função da liderança. Afinal o resultado do negócio deve ser entregue ao mesmo tempo que se cobra a visão de longo prazo para visibilidade dos próximos passos.

A verdade é que existe um conflito entre o necessário para hoje versus a demanda que garante a sustentabilidade de longo prazo. Em um mundo ideal, isso não seria um desafio visto que teríamos pessoas pensando na entrega do agora, e outras trabalhando em demandas de longo prazo. Na prática são poucas empresas que conseguem estruturar e viabilizar esse formato.

Para deixar o exemplo prático, tendências como ESG muitas vezes são defendidas por áreas que fazem planos, sensibilizam e muitas vezes a ação não sai do papel. Assim, quem esta no dia a dia chega a pensar que ESG é prioridade de todas as outras coisas. Estou usando o exemplo de ESG, mas lembre-se que o mesmo aconteceu no inicio das ISOs.

As normas de qualidade só transformaram em necessidade e prioridade quando o mercado e os clientes começaram a exigir o selo como condição Sine Qua Non para manutenção do negócio. Então o tema passa ser prioridade da alta direção.

Eventualmente a questão de ESG vá para o mesmo caminho. Enquanto a liderança responsável pela implementação não estiver alinhada com a estratégia factível de curto a médio prazo da empresa, o risco de deixar para depois continuará sendo um risco (e talvez uma realidade).

ESG é apenas um exemplo do tema sobre novas demandas. O papel da Liderança vai muito além do apoio na implementação. Eu penso que exige da liderança uma visão de longo prazo associada com os benefícios factíveis e traduzidas para resultados de curto prazo. Se não houver essa ponte para justificação e aderência da mudança de cultura envolvida, talvez essa seja mais uma metodologia com risco em se transformar em amontoados de papeis.

Novos processos precisam ser realizados em comunhão absoluta com apoio da liderança e mudança de cultura. Faz sentido para você? Divide a sua experiência em implementar novos processos e metodologias nos comentários.

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Fernando dos Reis é gestor de equipes de alta performance há mais de 25 anos. Como Terapeuta de Líderes, Executivos e Empreendedores, desenvolve pessoas rumo a Alta Performance Profissional através da melhoria continua da Gestão e Liderança. Possui Mestrado, MBA, Mastercoach, e formação como Terapeuta de Relações Humanas e Empresarial.

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Publicado por Fernando dos Reis

Liderança Pessoal, Atitudes Vencedoras e Reconexão

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